12 junho 2006

Um dia fatidico....

Referi-me num post anterior que o filme Cerimonia Vermelha estava a caminho do Festival de Curtas-metragens de Vila do Conde, quero hoje dizer-vos que isso afinal nao pode ser possivel. E tudo isto graças a um belo dia (sexta-feira passada)...
Passo a explicar:

Essa fatidica sexta-feira era nomeadamente o ultimo dia que dispunha para enviar o filme para o festival. E como sou um tipico "tuga" deixei tudo para a ultima.
Tudo começou quando nesse belo dia tive de me apresentar ao trabalho como todos os dias, quando supostamente sairia do trabalho por volta das 2h30m o que de facto nao sucedeu, devido a haver muito trabalho so me despachei por volta das 3h30m.
Assim que sai do trabalho tive de ir apanhar o autocarro para Torres Vedras, mas ja nao consegui apanhar o das 3h40m. Por volta das 4hs o autocarro partiu de Lisboa em direcçao a Torres mas a viagem ainda mal tinha começado quando o autocarro inexplicavelmente decidiu dar de si e encostar na berma da auto-estrada. E tudo isto devido à qualidade dos autocarros da Barraqueiro, comprados ja bastante usados e desgastados e que para a Barraqueiro basta uma pinturazinha e ta a andar de mota. Por sorte, apos uns 10m o autocarro decidiu arrancar novamente... Dei comigo novamente, ja em casa por volta das 5hrs quando ainda tinha de gravar o DVD do filme para o poder ir enviar pelos correios, sabendo que tinha menos de uma hora ate estes mesmos fecharem. Mas por azar nao tinha um unico DVD em casa para poder fazer a copia. O meu irmao tinha saido com o carro, entao peguei na minha bicicleta nova em folha e fui comprar DVDs. Mais tarde em casa a copiar o DVD, sabemos que a tecnologia prega-nos sempre umas partidas, para quem precisava de se despachar tive meia hora à espera da copia. Quando acabou ja so tinha 10m para os correios fecharem as portas, voltei a pegar na minha bicicleta e rumei a todo o vapor para os correios. Foi quando ja na recta final, na rua dos correios surrealmente fico com um pe a pedalar no ar, o pedal tinha decidido saltar, quase que dei um valente trambulhao e de certo ficaria estendido no chao pronto para ser levado de maca. Enfiei-me entre os carros e fui tentar recuperar o pedal mas azar dos azares atras de mim seguia um camiao TIR que desfez o meu pedal a um pedaço de sucata. Apos passarem uns 10 carros recuperei o ferro-velho e desci a rua com um pe no ar. Cheguei à porta dos correios mesmo no momento que uma senhora mal encarada me fecha a porta na cara. Ainda tentei esbracejar e apelar em desespero de causa para poder entrar mas com um simples abanar de cabeça da mulher percebi que estava fora de questao e que aquilo era o fim da jornada. Mal humorado voltei para casa com o filme, com o pedal e a com bicicleta.

Garanto-vos que nao existe uma ponta de ficçao neste meu testemunho... Podem talvez considera-lo como obra do destino.

Sem comentários: