23 fevereiro 2007

Um filme que cheira ao livro...

Hoje vi o Perfume, The Story of a Murderer realizado por Tom Tykwer e posso vos dizer que é um filme recheado de aromas e que nos remete para o êxtase de conseguir realmente cheirar as imagens, tal como o livro o conseguiu através das palavras de Patrick Suskind.

Já tinha lido o livro anteriormente e devorei-o como quem despeja um frasco de perfume em cima, andei com o seu cheiro semana a fio e por mais que me lavasse este continuava a seguir-me. Sei que é um best-seller mas não é por isso que o torna um mau livro, porque definitivamente é um bom livro.

Há sempre quem critique os filmes que provêm de livros, ora porque aquela e a outra parte foram cortadas, ora porque o filme é uma cópia do livro, ou até mesmo porque o filme é completamente distinto da história do livro. Para mim são duas experiências, todos nós bebemos café, mas um deles foi feito em casa e o outro vindo de uma máquina. São dois sabores completamente distintos mas que no fundo são a mesma coisa. Tal como hoje me soube bem saborear este filme.

E tudo porque a imagem conseguiu trazer-me aqueles aromas, aqueles cheiros que vivem todos os dias junto de nós e que por vezes já não os sabemos distinguir. Mas o jovem Grenoille sabia separá-los um a um. Levando-nos incessantemente à procura da essência, do perfume perfeito... a mulher. Procurou uma lenda e achou-se a si mesmo uma lenda, alguém que não tinha cheiro, "(...)não cheiro, logo não existo." para por fim encontrar o seu cheiro divino... Motivo de orgias, de paixões recalcadas, de prazer, de calor, de amor!

3 comentários:

Demoiselle Retro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Demoiselle Retro disse...

Já li o livro tb e como boa preconceituosa que sou, não vi o filme ainda... Ouvi dizer que o filme tá mais pra água de colonia do que pra perfume... mas confesso que o seu post despertou alguma curiosidade ;) Beijos

Anónimo disse...

Eu gostei do livro mas não gostei do filme. Grenouille (que em francês quer dizer rã) é o apelido que os americanos e ingleses dão aos franceses. Curioso que Suskind, que é alemão, o adoptou.