08 março 2007

Vemo-nos por aí.

Ontem fui despedir-me de um amigo que agarrou uma oportunidade única que o vai levar para Itália. Conseguiu uma bolsa para estagiar numa produtora de cinema em Roma. Neste momento já lá deve estar...

Assim, ontem a despedida ficou marcada com uma ida à Cinemateca, com o filme Índia. Matri Bhumi do italiano Roberto Rossellini. Este filme de 1959 tornou-se raro pois as suas cópias andaram desaparecidas durante vários anos. Mais tarde veio-se a encontrar uma cópia da versão francesa que tinha sido oferecida a Jeanne Severini. A cópia foi depositada na Cinemateca Francesa que finalmente a restaurou.

Índia é um retrato desta cultura, um olhar sobre as suas relações, tradições, cultos, etc. Não se trata de uma viagem por este povo mas sim o permanecer entre os mesmos. Rossellini consegue através de quatro pequenas histórias conduzir-nos para este novo mundo, onde nos remete para a ligação humana com os restantes elementos da natureza que nos rodeiam. Mas para além desta visão sobre o povo indiano, este filme tem de importante o seu cruzamento entre o documentário e a ficção. Isto é, o filme consegue apresentar-se sob a forma documental mas utiliza as técnicas da ficção, numa estrutura que conjuga estes dois elementos num único elemento. Um bom exemplo disso são as personagens interpretadas por "pessoas reais", isto é actores não-profissionais.

Por fim, deixando o filme de lado, desejo ao meu amigo uma boa experiência em Itália e que de lá traga boas ideias, novos mundos, novas experiências tal como Rossellini nos soube trazer da Índia.

P.S. Se arranjares alguma coisa para mim avisa que vou já aí ter!

1 comentário:

Demoiselle Retro disse...

boa sorte pro teu amigo =)