14 outubro 2007

There Is an end

As notas dos The Greenhornes que agora soam nos meu phones remetem-me logo para os filmes dos anos 80. Mais precisamente para o interior de um mustang quadrado, comprido e descapotável com o deserto da Califórnia como pano de fundo. A estrada vazia, uma imensidão em linha recta que corta ao meio toda aquela paisagem.
A música que canta agora nos meus ouvidos é tal e qual o sol quente do deserto a bater-me certeiro nos olhos. Mas como a música diz e bem there is an end e tal como ela também eu o digo é o fim....
Quando o ciclo é vicioso, é desgastante, dias e dias numa estrada infinita, sem rumo, ao sabor da corrente. Tudo é deserto... é rock.
Mas temos de parar! Temos de quebrar! É o fim de um ciclo...
Quebrar as leis do espaço e tempo, as regras da sociedade, a ordem desordeira é o princípio de uma revolução sem escrúpulos e de uma manifestação sem seguidores. Tudo é igual ou semelhante e tudo continuará igual ou semelhante se não fizermos nada para o mudar.
É o quotidiano.
É rotina.
As mesmas caras, os mesmos rostos.
São clones.
Assim acabo. É o fim.
Assim espero parar com a vida que tenho e mudar-lhe o rumo.
Não sou novo, nem sou velho, sou simplesmente eu.

4 comentários:

Anónimo disse...

Parar com a Vida? Humm, olha a cena, muda de estrada, mas não espers com isso encontrar muitas mudanças...
Afinal viver é rodar, encontrar e cruzar destinos e desatinos, mas vale a pena...

Mãos de Veludo disse...

deixo-te aqui um poeminha do Robert Frost... Pensa nele (no poema, não no frost) (quer dizer, se qiseres pensar no Frost tb podes, mas pronto..coiso)

1. The Road Not Taken


TWO roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

rock disse...

Confesso qe me assustaste um pouco com este teu post! Mas pronto, eu às vezes sou um pouco literal... Espero que a mudança,seja mesmo uma escolha tua e não uma imposição! Isso sim é angustiante...

jinhos** e força!

SinemaS disse...

Dont worry be happy...
:)